sábado, 2 de maio de 2020

REVIEW : Havok - V (2020)

Banda:
Álbum:
Tipo:
Género:
Origem:
Data:
Label:
Havok
V
Full-Length
Thrash
Colorado, EUA
01/05/20
Century Media

Faixas:

01.

02.

03.

04.

05.

06.

07.

08.

09.

10.

11.

Total:

 

Post-Truth Era

Fear Campaign

Betrayed by Technology

Ritual of the Mind

Interface With The Infinite

Dab Tsog

Phantom Force

Comestic Surgery

Panpsychism

Merchants Of Death

Don't Do It

 

03:53

03:57

03:44

04:10

04:02

01:15

02:59

04:24

06:29

02:45

08:07

45:45


REVIEW

Os Havok habituaram-nos, ao longo dos seus dezasseis anos de carreira e quatro álbuns de estúdio (cinco agora), a uma consistência de qualidade excelente que, atualmente, já não se encontra com facilidade nas bandas de metal. A verdade é essa, depois de todos os contratempos ao longo dos anos na formação da banda, os Havok continuam firmes e, ano após ano, a consolidar e a provar o seu valor dentro da cena do metal mundial.

Então e este quinto e novo álbum, será mais um álbum entusiasmante e cheio de qualidade? Ou será um álbum bem executado mas sem creatividade e aborrecido? Dar o nome Vao quinto álbum da banda foi preguiça ou falta de creatividade?

V começa com a revelada anteriormente Post-Truth Era, e é o ponto de partida para um álbum excelentemente executado, é o mote para a potente chapadona que vamos levar com as faixas seguintes. Não quero com isto, de forma alguma, minimizá-la em relação ao resto do álbum, é uma excelente faixa e com bastante personalidade, com a curiosidades da introdução da Blackened dos Metallica e do cheirinho a Melodeath. Em contraste a segunda faixa já nos vai soar mais aos Havok que nós estamos habituados, é um excelente exemplo da forma que a banda, melhor do que qualquer outra, une o thrash tradicional ao thrash moderno. Não gosto de invidualizar bandas numa altura em que há inumeras a lançar material com qualidade, mas há que dar o devido crédito aos Havok por vitalizarem o thrash metal ao modernizá-lo sem grandes invenções numa altura em que o género estava a perder fôlego.

O álbum parece estar dividido em duas partes, com cinco faixas cada, divididas pela instrumental Dab Tsog. A primeira parte eu diria que é aquela descarga de thrash que assenta que nem uma estaladona de ficar com os olhos bem abertos. A segunda parte é diferente, é mais experimental e virtuosa, a banda deixa os riffs fluir para se ouvirem e os vocais rasgados dão lugar a vocais limpos em alguns trechos. É nesta segunda parte que está o ouro deste álbum, sem querer desvalorizar as musicas anteriores, aqui estão cinco faixas bastante distintas, todas com a sua personalidade, desde o malhão violento e rápido que é Phantom Force à impressionante e progressiva Panpsychism que é algo que não estamos habituados a ouvir em Havok. O álbum termina com a longa e brilhante Don't Do it, é uma faixa que começa muito devagar, com vocais limpos, quase como uma balada para se transformar na ultima cavalgada rasgada do álbum que vai desgastar qualquer resto de fôlego que ainda haja no ouvinte!

Individualmente a banda está em topo de forma com o desconhecido Brandon Bruce, apresentado este ano como o novo baixista da banda, a provar estar mais do que à altura do desafio, distribuindo linhas de baixo fantásticas e sempre de braço esticado a dizer "PRESENTE". Há que destacar o trabalho genial de David Sanchez, que neste álbum está na sua melhor forma, e o trabalho de mistura de estúdio que está a roçar o perfeito!!

Os Havok estão de parabéns, a provar que são uma das bandas de thrash do momento. É um álbum incrível que qualquer fã de thrash de qualquer idade irá gostar e, caso seja burro velho e diga que não gosta, lá no fundo sabe que está se a enganar a ele próprio. Para malta que não é fã do género, é uma boa oportunidade para começar a gostar!


FAIXA FORTE :
FAIXA FRACA :
Don't Do It
Betrayed By Technology
NOTA FINAL
9/10

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