Álbum:
Tipo:
Género:
Origem:
Data:
Label:
City Burials
Full-Length
Gothic/Prog
Estocolmo, Suécia
24/04/2020
Peaceville Records

Faixas:
01.
02.
03.
04.
05.
06.
07.
08.
09.
10.
11.
Total:
 
Hear Set To Divide
Behind The Blood
Lacquer
Rein
The Winter Of Our Passings
Vanishers
City Glaciers
Flicker
Lachesis
Neon Epitaph
Untrodden
 
05:29
04:37
04:42
04:28
03:18
05:07
05:42
04:45
01:54
04:32
04:29
49:03
REVIEW
Os Katatonia lançaram o décimo-segundo álbum de originais, são uma banda já com quase trinta anos de carreira, que traçou o seu caminho desde o primeiro álbum, em 1993, como uma banda de funeral doom que evoluiu para um som mais gótico até ao gótico-progressivo-alternativo de The Fall Of Hearts em 2016. Com praticamente todos os álbuns bem recebidos pela crítica é daquelas bandas que não engana, tem uma sonoridade muito própria com influências de outras grandes bandas de renome e como tal é sempre com alguma ansiedade que os fãs da banda aguardam por novos lançamentos. Os Katatonia sempre nos habituaram a belas composições musicais acompanhadas pela voz depressiva de Jonas Renkse, a faixas com contrastes de momentos de peso e melancolia mas sempre com muito sentimento e então, ao fim de 11 álbuns bem-sucedidos e na eminência de ouvir um novo trabalho da banda há algumas questões que se podem colocar:
Continuará a haver uma evolução sonora gradual? Aonde esta leva a banda? Que esperar deste álbum?
Depois de o ouvir a primeira vez achei-o enfadonho, tive que ouvir uma segunda e uma terceira para lhe dar uma nova oportunidade e, confesso que, da terceira vez nem dei conta que o álbum tinha terminado. Fiquei desiludido, desencantado e desinteressado.
Foi, no entanto, quando comecei a escrever esta crítica que, se calhar, City Burials decidiu desabrochar.
City Burial está cheio de pormenores excelentes se for escutado com atenção, que se perdem ao ouvi-lo na íntegra pois, apesar de ter momentos deliciosos é, no geral, mediano e, como tal, talvez o trabalho mais fraco da banda. Parece mesmo que os Katatonia estão em depressão catatónica neste trabalho, mas ainda assim tem algumas faixas boas e fortes que, no entanto, perdem-se no meio das outras. Como já devem ter percebido é um trabalho mais calmo, mas é também mais experimental, o teclado tem um papel importante a assumir os momentos mais melódico-melancólicos e a bateria a assumir o protagonismo algumas partes, aliás, tenho que destacar o baterista Daniel Moilanen por alguns pormenores deliciosos. A nível vocal Jonas Renkse mantém o seu registo habitual enquanto que as guitarras cumprem o seu trabalho.
Em suma, é um trabalho que pede para ser ouvido com atenção ou então não passará de um álbum mediano que poderá desiludir alguns ouvintes e poderá mesmo afastar novas audições apesar de ter alguns momentos muito deliciosos. City Of Burials irá agradar a alguns fãs certamente, mas para alguns cairá simplesmente no esquecimento. A título pessoal continuo a considerá-lo enfadonho, mas com potencial de se tornar algo mais, no entanto, talvez, não lhe vá dar o tempo de antena que ele me pede quando há tanta música boa por aí.
FAIXA FRACA :
Lacquer
6/10
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